RISPA UMA MÃE INCANSÁVEL
TEXTO: IISM . 21 – 10 A 11
INTRODUÇÃO:
“Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco, e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.” (2Sm 21.10.)
Rispa era uma mulher forte e de caráter firme. Seu nome significa “pedra quente”. Ela era filha de Aiá, cujo nome vem da mesma raiz da palavra “intocável”. Ela foi mulher do rei Saul e teve com ele dois filhos: Armoni e Mefibosete. Talvez por ser uma das esposas de Saul, Rispa e seus filhos se considerassem mesmo “intocáveis”.Muitas mulheres pensam que sua posição social, sua riqueza, ou mesmo sua capacidade intelectual as colocam em um pedestal “intocável”. Mas isto não é verdade! Todas nós estamos sujeitas às (mudanças) da vida. Todas nós somos vulneráveis às tempestades e aos açoites dos vendavais que podem surgir inesperadamente em alguma curva do caminho da vida. E é nessas horas que o caráter se revela. Nosso interior torna-se exposto, como em uma vitrine, quando somos assoladas pelas provações, e quem sabe, pelas tragédias. A Bíblia nos relata que houve três anos de fome em Israel. Foi um tempo difícil e com grandes perdas para o povo e a nação. O rei Davi então consultou ao Senhor e veio a resposta divina: “Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” (v.1b.) Davi chamou os gibeonitas e lhes perguntou: “O que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” E a sua resposta foi: “Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel "[...] Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao Senhor, em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor...” (v.3-6.). Davi estava diante de dura situação: de um lado o povo de Israel, sofrendo com a seca as conseqüências da desobediência de Saul e de outro lado a dor de mandar enforcar homens da sua própria família, pois Davi era genro de Saul. Saul não respeitara a aliança feita por Josué aos gibeonitas (Js 9.15, 20-21). Quando Canaã fora conquistada pelo exército de Israel, os moradores de Gibeom vieram a Josué e, fingindo vir de uma terra muito distante (fora dos limites da “Terra Prometida”), pediram-lhe que fizesse aliança com eles: que lhes conservariam a vida e seria um povo amigo. O líder Josué não consultou ao Senhor nessa questão, talvez por julgá-la de pouca importância; e concedeu-lhes paz e firmou aliança de proteção. Foi então que descobriu que eles eram moradores de Canaã e estavam na lista de Deus como povos para serem destruídos; mas era tarde demais, a aliança tinha sido firmada e não poderia voltar atrás. Muitas pessoas firmam impensadamente alianças muito sérias em suas vidas: casamentos, sociedades. E depois é que vão refletir sobre o que fizeram. Então é tarde. As alianças são registradas diante do Senhor. Elas têm um peso de responsabilidade e compromisso. Não podem ser desfeitas de maneira leviana. E Davi teve de escolher sete homens da família de Saul para serem enforcados, para que a chuva pudesse novamente cair sobre a terra de Israel. Davi escolheu os cinco filhos de Merabe, netos de Saul, e os dois filhos de Rispa, sua concubina. A Bíblia diz que foram mortos nos primeiros dias da ceifa da cevada. Seus corpos foram esquecidos pelos seus executores; foram deixados no madeiro, ao relento. Então Rispa, a mãe de Armoni e Mefibosete, “tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu” (v.10). Rispa assistiu ao milagre da chuva caindo, após a execução do castigo conseqüente da ira irrefletida de Saul e de seu “zelo” pelo Senhor, levado a efeito fora da sua suprema vontade. Rispa pôde ver o valor de uma aliança feita diante de Deus. As conseqüências do rompimento de uma palavra empenhada. E ela, que era a “pedra quente”, firme como uma rocha colocou pano de saco sobre a penha em frente aos cadáveres de seus filhos e os ficou guardando de dia e de noite: [...] “e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.”(v.10.)
Ao colocar ali um pano de saco e não um tapete “ persa”, ou uma almofada confortável, percebe-se a dor de Rispa; sua humilhação diante de Deus em favor de seus filhos. O “pano de saco”, na Bíblia, sempre teve o significado de arrependimento e humilhação diante do Senhor.
Você pode imaginar a dor dessa mulher diante dos corpos em decomposição, dia e noite? Pode imaginar o que se passava em seu coração de mãe? Suas lágrimas e o desejo de vê-los com um sepultamento digno, pelo menos?
Quantas mães como Rispa choram por seus filhos que estão mortos em seus próprios pecados. Quantas mães que colocam “panos de saco” sobre a “Rocha”, que simboliza a Palavra de Deus e suas promessas, e vigiam seus filhos “mortos”. Não seus filhos literalmente mortos, mas espiritualmente mortos. Seus filhos nas drogas, nos vícios, na prostituição, no homossexualismo, nas depravações da imoralidade, na rota da desonra e da desobediência, nas mais extravagantes seitas. Exalando o mau cheiro do pecado; decompondo-se dia-a-dia na podridão do mundo. Mães que oram, crendo no impossível; que Deus irá ressuscitar seus filhos e lhes dará uma nova e maravilhosa vida. Elas crêem que seus filhos receberão o “toque” de vida do Espírito Santo e serão ressuscitados, aleluia! E, por isso, elas não se cansam dia e noite de vigiar... E orar... E crer... Até que o “Rei” olhe para elas, tenha misericórdia e faça cessar a sua dor.
Rispa ficou em seu posto sozinha. Espantava as aves de dia e as feras de noite. Ela não tinha medo. Não saía de sua “torre de vigia”, mas esperava que o rei se compadecesse e desse um sepultamento digno de nobres aos seus filhos. Ela ficou por muitos dias ali, passaram-se mais de dois meses, e isto foi dito a Davi. Ele então “tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas [...] e também os ossos dos enforcados [...] Enterraram [...] na terra de Benjamim [...] Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra” (v.12-14). Enquanto Davi não honrou aos que morreram pelo pecado de outro, não houve o favor, a bênção de Deus sobre a terra. E foi Rispa quem fez a mão do rei Davi trazer a bênção novamente sobre Israel
Mãe é a expressão do Amor de Deus. Ser mãe é uma dádiva de Deus. Ser mãe é receber de Deus um sublime dom. (Gera posteridade)
Ser mãe é receber um singelo dom. (Pois não existe outra forma de gerar o homem a não ser do ventre de uma mãe)
Ser mãe é receber um perpétuo dom. (Ela concebe um ser que nasce para ser eterno, nunca morrerá)
Dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o homem.
1)A MISSÃO DE SER MÃE
“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava a mulher de uma de suas funções mais importante na vida. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2). R. C.Quanto ao caráter negativo:
Muitas noites acordadas, cansaços físicos, frustrações, renúncias, ingratidões, uma tarefa difícil, árdua.
Ser mãe não é simplesmente colocar uma criança no mundo. Ser mãe não é eximir-se de sua responsabilidade e repassá-la a outrem, como empregadas, babás, parentes, amigos e creches.
Ninguém substitui o amor e o cuidado de uma mãe.
Quanto ao caráter positivo:
É gratificante para a mãe ver o filho que ela amamentou crescido, criado, formado, bem encaminhado na vida.
É honroso para a mãe ver em seus filhos suas próprias virtudes. É alentador para a mãe ser reconhecida por seus filhos como aquela que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis, educando, corrigindo, formando, protegendo, consolando, animando.
Todo e qualquer investimento, afim de que seja próspero tem que ter uma boa mão de que o cuida. Assim é a mãe, para que seu filho seja prospero durante sua vida.
2) Ás várias funções da Mãe:
Gerar (conceber). Alimentar. Consolar. Dar amor. Proteção. Educar. (ensinar, edificar, exortar, corrigir, repreender). “ Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” Pv 22:6 “ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagrada letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo.” II Tm 3:14,15
AS VÁRIAS MÃES DA BÍBLIA
Ana (mãe de Samuel) a dor da esterilidade, não a faz desistir, mas clama a Deus que lhe responde dando-lhe o primeiro dos grandes profetas de Deus: Samuel, I Sm 1. Depois teve outros cinco filhos como bênção do Deus Altíssimo.
Rispa, a mãe modelo, mãe amorosa, não abandonou seus filhos nem quando morreram; passando aproximadamente seis meses enxotando as aves de rapina para que não comessem os corpos de seus dois filhos expostos na terra. Foi honrada por rei Davi, enterrando seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel. (2 Sm. 21:8-14).
Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos? Uma tristeza.
Rispa, foi uma mãe virtuosa que entendeu e aceitou a missão de ser mãe. Uma mãe verdadeiramente convertida aos seus filhos. ( Malaquias 4:6) Mesmo em face ao sofrimento, e morte, não abandonou seus filhos nem de dia e noite ficava perto de seus corpos não deixando as aves devorar seus corpos.
Quantas mães já desistiram de seus filhos deixando que as aves das drogas, dos traficantes, prostituições, más compainhas, os pecados diversos, filmes e revistas pornográficas, namoros fornicares, namorados dormirem na casa.
Enxote essas aves de seus filhos, mande embora, mas não perca seus filhos.
Maria, mãe de Jesus, o acompanhava em todos os momentos até na hora do sofrimento da Cruz.
Mãe da filha possessa. Saiu da sua cidade Grécia de origem Siro-Fenícia levou sua filha possessa a Jesus para ser liberta. Mc 7:24-30
AS BÊNCÃOS DA MÃE VIRTUOSA
Será sempre lembrada em suas virtudes ( “Como dizia minha mãe”). Não é abandonada na velhice. Não será esquecida nem quando morrer. Será sempre amada. Seu caráter estará evidente em seus filhos e na sua posteridade. Deus a honrará como honrou a Rispa.
3)O amor de Deus representado simbolicamente pelo amor de mãe: “ Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que se compadece do filho do seu ventre? Mas ainda que essa viesse esquecer-se dele, eu, todavia , não me esqueceria de ti” Is 49:14,15
“ Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho… Todavia eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para com eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer.” Os 11:1,3,4
CONCLUSÃO:
Deus abençoe cada dia as mães. Para que compreendendo a sua missão na terra, nunca desfaleça, nunca desista, nunca desanime, pois estará plantando uma semente, regando com amor, paciência e oração.
Com certeza mãe você verá um dia o fruto de teu trabalho, da noite mal dormida, das lágrimas escorridas, daquele filho que se foi sem dar noticia; Deus te mostrará os frutos de tuas orações, dizendo: “filha bendita nem tudo está perdido vi tuas lágrimas e acolhi tuas orações, vede os frutos de tuas orações e de teu labor.” I TM: 2/15 ( TODAVIA SERÁ PRESERVADA ATRAVÉS DE SUA MISSÃO DE MÃE , SE ELAS PERMANECEREM EM FÉ E AMOR E SANTIFICAÇÃO , COM BOM SENSO.